De acordo com o portal de notícias aeroespaciais Flightglobal, durante a Conferência Internacional de Aviação de Caça, que começou hoje em Londres, um oficial de alta patente da FAB teria confirmado que o Brasil vai adquirir 108 unidades do caça Gripen NG.
O objetivo da FAB é utilizar as novas aeronaves em substituição aos caças Dassault Mirage 2000C (que já foram aposentados) e, gradativamente, também substituir os caças Northrop F-5EM e Alenia/Embraer A-1M que ainda estão em serviço ativo com a força.
Ainda segundo o militar (cujo nome não foi revelado no artigo), as 108 aeronaves serão entregues em três lotes, sem especificar, entretanto, quantas serão do modelo monoplace – Gripen E, e biblace – Gripen F, respectivamente.
O 1º lote corresponde às quantidades do contrato assinado em outubro desse ano, pelo qual a FAB adquiriu 36 aeronaves, sendo 28 do modelo Gripen E e 8 do modelo Gripen F, 15 das quais serão totalmente montadas no Brasil, enquanto as outras 21 serão construídas por engenheiros brasileiros e suecos (sic). O artigo está, entretanto, em discrepância com as informações oficialmente divulgadas pela FAB no tange ao valor do contrato, haja vista o valor divulgado pelo Flightglobal como sendo relativo à aquisição do 1º lote das aeronaves é de US$ 5,8 bilhões, em vez dos US$ 5,4 bilhões oficialmente anunciados pela autoridades brasileiras no último mês de outubro.
Para as quantidades dos modelos das demais aeronaves, a FAB estaria em conversações com a US Navy, afim de utilizar o expertise dos americanos quanto ao mix ideal, levando-se em consideração as variantes de um e dois lugares. Consultas para esta mesma finalidade também estariam sendo feitas junto à SAAF – Força Aérea da África do Sul, que atualmente opera 26 aeronaves, sendo 17 Gripen C (monoplace) e 9 Gripen D (biplace).
Ainda segundo o artigo, a FAB, nas palavras do referido oficial, estaria satisfeita e confortável com a Transferência de Tecnologia provida pelo fabricante da aeronave. Também foi destacado o favorecimento à indústria brasileira nesse projeto, que teria a participação nacional em 80% dos contratos de aeroestruturas da aeronave.
Outro ponto tratado no artigo é integração do míssil ar-ar A-Darter, desenvolvido conjuntamente pelo Brasil (Mectron) e África do Sul (Denel Dynamics) à suíte de armamentos dos caças adquiridos pela FAB, assim como também o míssil nacional anti-radiação MAR-1, desenvolvido pela Mectron.
FONTE: Flightglobal – EDIÇÃO: Cavok
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