"Assim como o massacre de Paris cometido por terroristas é um crime contra a humanidade, Netanyahu, como chefe de governo que mata crianças brincando na praia com bombardeios em Gaza, destrói milhares de casas... e que massacrou nossos cidadãos (turcos) em um barco que prestaria ajuda humanitária e estava em águas internacionais, cometeu crimes contra a humanidade", disse o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu; no domingo, Netanyahu participou da marcha em Paris contra o terror e em defesa da liberdade de expressão; Davutoglu também disse que "a liberdade de imprensa não significa a liberdade de insultar" e que "não se pode aceitar insultos ao profeta", em referência às charges do Charlie Hebdo
ISTAMBUL (Reuters) - O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, comparou nesta quinta-feira o seu colega israelense, Benjamin Netanyahu, aos militantes islamitas que realizaram os ataques em Paris na semana passada, argumentando que todos cometeram crimes contra a humanidade.
"Assim como o massacre de Paris cometido por terroristas é um crime contra a humanidade, Netanyahu, como chefe de governo que mata crianças brincando na praia com bombardeios em Gaza, destrói milhares de casas... e que massacrou nossos cidadãos (turcos) em um barco que prestaria ajuda humanitária e estava em águas internacionais, cometeu crimes contra a humanidade", disse Davutoglu em uma entrevista coletiva.
Liberdade de imprensa não é "liberdade de insultar", diz premiê turco
Da Agência Lusa - O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse hoje (15) que a liberdade de imprensa não é a "liberdade de insultar" e qualificou a publicação de caricaturas do profeta Maomé como uma "grave provocação".
"A liberdade de imprensa não significa a liberdade de insultar", destacou o primeiro-ministro, em Ancara, antes de partir para Bruxelas. Ele ressaltou que "não se pode aceitar insultos ao profeta".
O primeiro número do jornal satírico Charlie Hebdo depois do ataque à redação na semana passada, tem na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando uma folha com a frase "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), a mesma que foi usada por milhões de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão. A capa tem como título "Tudo está perdoado".
Na quarta-feira da semana passada (7), dois homens encapuzados e armados, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, respectivamente, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas.
Depois de dois dias em fuga, eles foram mortos na sexta-feira (9), durante ataque de forças de elite francesas a uma gráfica em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde estavam.
Em outro atentado, na quinta-feira (8), uma agente da polícia municipal foi morta, no sul de Paris, tendo a polícia estabelecido ligação com os dois jihadistas autores do atentado ao Charlie Hebdo.
Na sexta-feira (9), no fim da manhã, quatro pessoas foram mortas em um supermercado kosher (judaico), no leste de Paris, por Amedy Coulibaly, 32 anos, em operação policial. Ele invadiu o mercado e fez reféns. Em entrevista a uma emissora de televisão francesa, Coulibaly disse que agiu conjuntamente com os irmãos Kouachi.
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