MINHA POSIÇÃO SOBRE A HISTÓRIA DOS SLIDES DE ROSWELL.
Por Ademar Gevaerd
Amigos, se tem algo na Ufologia que está sempre envolvido em controvérsias, é o Caso Roswell. Simplesmente, nenhum outro episódio ufológico suscita mais polêmica do que ele — o que, aliás, acho imerecido, porque há outros casos igualmente ou até mais importantes. E uns 90% das polêmicas recentes, de uns 20 anos para cá, mostraram ser apenas firulas para aquecer um caso mais do que frio. Muitos ufólogos e alguns oportunistas — às vezes ambos juntos — apareceram neste período fazendo marolas para levar ao público a ideia de que tem algo novo no Caso Roswell. E ganhar dinheiro.
NÃO TEM NADA DE NOVO OU RELEVANTE NO CASO ROSWELL HÁ MUITO TEMPO. Aliás, o episódio já começou velho e frio, apesar de verídico e muito importante. O Caso Roswell só foi descoberto, e ainda assim por acaso, cerca de 25 anos depois de ter ocorrido. Isso mesmo! Quando o físico nuclear Stanton Friedman, correspondente internacional da Revista UFO no Canadá, dava uma entrevista em uma rádio, lá nos anos 70, ouviu o entrevistador falar do episódio, daí foi atrás e começou a pesquisar os indícios do Caso Roswell, no que, somente bem mais para frente, recebeu ajuda de outros ufólogos. Charles Berlitz, entre eles, o mais notório.
Hoje são dezenas, se não centenas, de ufólogos e – mais uma vez – oportunistas que estão cavando os míseros destroços de Roswell. Sem nenhum sucesso. Fazem festa quando acham um fio de cabelo no deserto, logo atribuindo-o aos tripulantes da nave alienígena acidentada. Centenas de livros foram escritos, milhares de conferencistas foram feitas, MAS TUDO NÃO PASSA DE UM REPETECO VAZIO DOS MESMOS DADOS, ÀS VEZES, MUITO RARAMENTE, ACRESCIDOS DE UM NOVO DETALHE AQUI E ALI, GERALMENTE POUCO RELEVANTE, INSIGNIFICANTE OU ATÉ MESMO FABRICADO. GERALMENTE ISSO.
Vejam, como eu falei acima, quando foi descoberto, o Caso Roswell já tinha cerca de 25 anos de idade. A memória das poucas testemunhas de primeira-mão ainda vivas estava enfraquecida. As evidências físicas e ou circunstanciais já haviam sido varridas pelo tempo. Documentos e tudo o mais a respeito do episódio, idem. Mesmo assim, os ufólogos citados acima tentam extrair água de pedra ao revirarem o caso over and over and over, sem que efetivamente nada de novo saia dele. Mas qualquer novo dado, por mais ínfimo que seja, é apresentado à Comunidade Ufológica Mundial com estardalhaço desnecessário.
Em contraste com tudo isso, o “nosso” Caso Varginha dá de 10 a zero em Roswell, e nem por isso é explorado com tanta persistência e fragilidade. Ao contrário, é explorado com consistência e sabedoria, como faz o coeditor da Revista UFO Marco Petit em seu livro “Varginha: Toda a Verdade Revelada”, que acabamos de publicar. ORA, VARGINHA OCORREU EM 1996, QUANDO ROSWELL FOI EM 1947. ROSWELL COMEÇOU A SER INVESTIGADO 25 ANOS APÓS DESCOBERTO, E VARGINHA COMEÇOU A SER INVESTIGADO 25 “HORAS” DEPOIS DE DESCOBERTO. EM ROSWELL TÍNHAMOS, DÉCADAS ATRÁS, UMA MEIA DÚZIA DE TESTEMUNHAS DE PRIMEIRA-MÃO AINDA VIVAS, ENQUANTO EM VARGINHA TÍNHAMOS DEZENAS E HOJE TEMOS CENTENAS, TODAS BEM VIVAS E COM MEMÓRIA BEM FRESCA. INCLUSIVE, E PRINCIPALMENTE, TESTEMUNHAS MILITARES.
Continuar esta comparação é covardia para o caso americano, e sempre em minhas palestras, desde o Caso Varginha, em 1996, em pelo menos 20 países do mundo — inclusive e principalmente nos Estados Unidos –, mostrei esses dados aos colegas, para que eles vissem o quanto o buraco é mais embaixo. Claro, com todo tato. Mesmo assim, alguns amigos ufólogos americanos ficaram melindrados por Varginha ter “roubado a cena” e se mostrar imensamente mais importante do que Roswell. Mas eles estão com Roswell e não abrem. Alright!
Bem, agora vem meu amigo Jaime Maussán fazer estas revelações dos tais slides de seres extraterrestres, supostamente tripulantes da nave acidentada em Roswell, à Comunidade Ufológica Mundial. Foi bombástico, exatamente como ele queria e me descreveu que seria. Aliás, tudo é bombástico quando se trata de Maussán. A AUDIÊNCIA DELE NO MÉXICO E NAS ÁREAS MAIS HISPÂNICAS DOS ESTADOS UNIDOS E MONUMENTAL. A propósito, eu estava convidado a comparecer no Auditório Nacional da Cidade do México para somar-me aos apoiadores da legitimidade dos slides, mas, por razões já conhecidas, não pude ir. Não devo ter feito falta e, aliás, acho que escapei de uma fria…
Bem, o fato é que está mesmo difícil mesmo me posicionar a favor da legitimidade dos slides, como fizeram meus também amigos Richard Dolan e Donald Schmitt, principalmente, ao lado de Maussán, além de uma constelação de amigos ufólogos mexicanos. Maussán, Dolan e Schmitt são conhecidos da Ufologia Brasileira por meio da Revista UFO, que os trouxe para seus Fóruns Mundial de Ufologia, em Foz. NÃO SE DISCUTE A IDONEIDADE DELES, POIS, SE ASSIM FOSSE, PODEM TER CERTEZA DE QUE EU NÃO OS CONVIDARIA. SUA REPUTAÇÃO É ILIBADA NOS STATES E NO MUNDO. ISSO É PACÍFICO. TANTO QUE ESTAMOS PARA PUBLICAR UM LIVRO DE DONALD, JUSTAMENTE SOBRE ROSWELL.
Mas me perguntam: Gevaerd, mesmo com Maussán, Dolan e Schmitt sustentando a legitimidade dos slides, para você é difícil fazer o mesmo? Sim, é! E terei que ser franco com os amigos citados acima, porque, afinal, são colegas ufólogos e bons amigos. MAS NÃO SEM ANTES ME INFORMAR DE ABSOLUTAMENTE TODOS OS DETALHES QUE OS FAZEM DEFENDER A TESE. E EVIDENTEMENTE OUVIREI AS OPINIÕES CONTRÁRIAS, ENTRE ELAS, A PRINCIPAL, DO STANTON FRIEDMAN, QUE, POR TER SIDO O DESCOBRIDOR E ATÉ HOJE O MAIOR CONHECEDOR DO CASO ROSWELL, É CHAMADO DE “MISTER ROSWELL”. Ele, a propósito, detonou Maussán, Dolan e Schmitt publicamente. E com propriedade.
E também me perguntam, sabendo de minha amizade de décadas com Maussán — que, aliás, me presenteou com algumas das melhores tequilas mexicanas em meu aniversário de 2010, que passei no México: Gevaerd, você acha que tudo não pode ter sido apenas uma armação dele, do Maussán, para ganhar fama, notoriedade e dinheiro? Hummm… Precisei pensar somente dois segundos para dar a resposta. E ela é: não! O Maussán já tem toda a fama — positiva e negativa — que alguém pode ter. E dinheiro realmente não é o que lhe move. E ele tem bastante (pouca gente sabe, mas ele também tem, ou tinha, uma churrascaria que servia carne maravilhosa vinda de Montana).
MAUSSÁN ESTÁ LONGE DE SER UM TRAMBIQUEIRO. MUITO LONGE. É PESSOA HONESTA, EMBORA ÀS VEZES INGÊNUA. Conheçam sua trajetória desde repórter investigativo e âncora de um dos principais telejornais do México a ser hoje um ícone da Ufologia Mundial indiscutivelmente. Maussán foi longamente entrevistado pelo consultor da Revista UFO Carlos Odone durante o último Fórum Mundial de Ufologia, de 2014, em Foz. E a entrevista sai na edição de junho, quando vocês verão de quem estamos falando. Maussán conhece e é conhecido e respeitado por praticamente todo mundo no meio. É sem dúvidas o maior divulgador da Ufologia no planeta e na história. É verdade, no entanto, que divulgou e/ou apoiou fraudes escancaradas, depois descobertas. Mas sem má intenção, na minha opinião. E também o contrário, muito mais vezes.
Resumindo, se Maussán erra uma vez, ele acerta outras 10. Se tiver errado agora quanto aos slides de Roswell, não acredito que tenha sido de caso pensado, ou seja, creio firmemente que ele acredita que os tais slides são reais. PODE SER POR INGENUIDADE OU FALTA DE UMA BOA ASSESSORIA TÉCNICA E HISTÓRICA PARA LEVANTAR OS ANTECEDENTES DOS SLIDES, MAS QUE ELE CRÊ NELES DE CORAÇÃO, DISSO NÃO TENHO DÚVIDAS, COMO CERTAMENTE NÃO DEVEM TER DONALD SCHMITT E RICHARD DOLAN PARA COLOCAREM SUA REPUTAÇÃO EM RISCO APOIANDO MAUSSÁN.
Como eu sei disso? Simples: eu conheço bem o Maussán e converso com ele pelo Skype regularmente. Nas inúmeras vezes em que tratamos da revelação dos slides – o que, aliás, era para ter acontecido há bem mais tempo – e em que ele me convidou, com despesas pagas, para ir ao México dar meu apoio ao anúncio, mesmo antes de eu saber que seria assim, ele demonstrou o mais declarado entusiasmo quando falava da legitimidade dos slides e, principalmente — e muito importante –, o quanto acreditava que sua revelação traria de bom à Ufologia Mundial. ELE REALMENTE CRÊ NISSO.
Portanto, amigos, o que eu falei acima eu repito agora: o buraco é mais embaixo. Aliás, em Ufologia, ele sempre é mais embaixo. Os slides têm toda a “cara” e “jeitão” de falsos e explicações banais para eles já estão pipocando em todos os lugares, com os matizes, mas muita água ainda vai rolar debaixo desta ponte nos próximos meses.
Vejam matéria no site da UFO no endereço:
http://www.ufo.com.br/…/revelacao-de-imagens-de-suposto-ali…
http://www.ufo.com.br/…/revelacao-de-imagens-de-suposto-ali…
Espero ter sido útil.
Abraços, Gevaerd
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