O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, reportou-se ao presidente dos EUA Barack Obama por meio da sua conta pessoal na rede social Instagram.
Em sua mensagem, Kadyrov frisou a importância da derrota do nazismo na Segunda Guerra Mundial e destacou o papel decisivo da Rússia na vitória dos aliados. Além disso, o líder da república russa expressou sua insatisfação pela recusa de Obama em comparecer no último dia 9, em Moscou, à comemoração dos 70 anos do fim da guerra, e exortou o líder norte-americano a lutar pela paz e pela justiça.
"Durante a primavera de 1945, o comandante de um regimento de cavalaria, Movlid Visaitov, chegou em seus combates até o rio Elba e foi o primeiro a apertar a mão do general norte-americano Bowling. O presidente dos EUA Harry Truman concedeu-lhe a ordem da "Legião de Honra". Visaitov possui um monumento no centro de Grozny [capital da Chechênia]. A derrota da Alemanha é a nossa vitória comum, na qual a Rússia possui um papel decisivo. O Sr. não esteve na Parada da Vitória em Moscou, apesar de ter tido o dever de prestar homenagem à memória de dezenas de milhões de soldados e oficiais russos mortos, de mostrar a todos os líderes terroristas que unimos os esforços para lutar pela paz e uma ordem mundial justa. Em vez disso, o Sr. deixou claro que não está preparado para agir como uma frente única contra a ameaça de uma nova guerra mundial" – escreveu Kadyrov em seu Instagram.
O líder da Chechênia fez igualmente um apelo para que Barack Obama e seus colegas esqueçam às mágoas passadas e parem de gastar tempo com ameaças insignificantes.
"Tenho a certeza de que vocês precisam esquecer as mágoas passadas, passar por cima de problemas mesquinhos, reunir-se com os líderes de potências mundias e perguntar-se para onde vocês estão conduzindo este mundo. Quem sabe, algo surja disso! Mas não vale a pena acreditar que a Rússia possa ser transformada em um país obediente semi-colonial. Se em 1945 nós chegamos até Berlin sobre cavalos, hoje, mais do que nunca, nós somos capazes de solucionar as tarefas mais difíceis. Que a justiça prevaleça!" – diz o comunicado de Kadyrov.
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