O F-35A em configuração limpa é incapaz de vencer um F-16D, mesmo este carregando dois tanques subalares.
Um piloto veterano da Força Aérea dos EUA acabar de colocar mais lenha na celeuma que encobre o F-35. Ele levou o jato código AF-02 para o Oceano Pacífico, em janeiro deste ano, para um duelo simulado contra um F-16D. E o que ele descobriu? Que ele teve problemas para derrotar seu adversário usando o novo jato.
Segundo o relato deste piloto, o novo e caro jato ‘stealth’ não pode virar ou subir rápido o suficiente para bater um avião inimigo durante um dogfight ou se esquivar dos tiros do inimigo, disse ele após um dia de combates aéreos simulados.
“O F-35 tem desvantagem de energia“, escreveu o piloto num relatório de cinco páginas.
O relatório do piloto de teste é a mais recente evidência de problemas fundamentais com o projeto do F-35, a arma mais cara da história.
A Força Aérea dos EUA, a Marinha e os Fuzileiros Navais, para não mencionar as forças aéreas e marinhas de mais de uma dúzia de países aliados dos EUA, estão contando com o JSF Lockheed Martin, fabricados para substituir muitos, se não a maioria de seus caças atuais.
E isso significa que, dentro de algumas décadas, os aviadores americanos e aliados vão voar para a batalha em um caça inferior, um que poderá matá-los e custar a superioridade aérea dos Estados Unidos.
O teste decisivo ocorreu em 14 de janeiro de 2015, aparentemente dentro do programa Sea Test Range, sobre o Oceano Pacífico, perto de Base da Força Aérea de Edwards, na Califórnia. O F-35A com a designação “AF-02″ (um dos mais antigos na Força Aérea) decolou juntamente com biplace F-16D Bloco 40, um dos modelos de aviões da qual o F-35 irá substituir.
Os dois jatos se envolveram num combate simulado, num clássico dogfight, organizado especificamente para testar as capacidades do F-35 num combate corpo-a-corpo. Em outras palavras, o piloto do F-35 iria voar ´para valer’, virando e manobrando a fim de “derrubar” o F-16, cujo piloto estaria fazendo seu melhor para fugir ou matar o F-35.
“A avaliação incidiu sobre a eficácia global das aeronaves na realização de várias manobras especificas em um ambiente dinâmico“, escreveu o piloto de testes nos comandos do F-35. “Esta consistia em manobras tradicionais básicas em configurações ofensivas, defensivas e neutras em altitudes que variam de 10.000 a 30.000 pés.”
O F-35 estava voando “limpo”, sem armas em seu compartimento de bombas ou sob suas asas e fuselagem. O F-16, ao contrário, estava transportando dois tanques alijáveis e volumosos, colocando o jato mais velho em uma desvantagem aerodinâmica.
Mas a vantagem do JSF não ajudou. O caça stealth revelou-se demasiado lento para derrotar de forma confiável o velho F-16, mesmo o F-16 com aqueles tanques atuando como verdadeiras âncoras. “Mesmo com a configuração que limitava o F-16, o F-35A permaneceu em desvantagem de energia“, relatou o piloto.
O F-35 tentou atingir o F-16 com o canhão, mas o F-16 facilmente se esquivou. “Em vez de pegar o bandido desprevenido pela ré, a taxa de resposta do aparelho era lenta, permitindo ao oponente se esquivar e sair do alcance da arma“, reclamou o piloto do F-35.
E quando o piloto do F-16 virou o jogo sobre o F-35, manobrando para colocar o caça stealth em sua mira, o piloto do F-35 descobriu que não podia manobrar para sair do caminho, devido a essa “perda de energia”.
O piloto do F-35 veio a público e resumiu assim: “Que deus te ajude se tiver de combater olho-no-olho. Você não terá a escolha de engajar ou não.”
Mas o piloto de teste disse que encontrou apenas uma maneira de ganhar um dogfight de curto alcance, através da realização de uma manobra muito específica. “Uma vez estabelecido um alto AoA, uma boa pedalada no leme gerou uma taxa de guinada rápida o suficiente para criar excessivos ângulos de posição com oportunidades para apontar usando mísseis.”
Mas há um problema. Esta manobra de deslizamento gera uma perda de energia muito rápida. “A manobra perde muita energia e é uma oportunidade temporária antes de precisar recuperar a energia…e, finalmente, acabar na defensiva novamente.” Em outras palavras, usar o truque uma vez, pois na próxima o F-35 estará sem opções e incapaz de uma fuga rápida.
FONTE: War is Boring – Tradução e edição: CAVOK
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