Não faz muito tempo, por volta das 18 hs, de uma base no sudoeste asiático, um caça F-22 Raptor partia para uma missão de ataque contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), na Síria. O que a aeronave realizou, antes de pousar, cerca 11 horas e meia após a sua decolagem, mostra porque o caça é vital para a frota dos EUA, e por que ele agora vai participar de todas as sortidas de ataque realizadas na Síria, como parte da Operação Inherent Resolve (OIR).
Segundo o general Herbert J. “Hawk” Carlisle, chefe do Air Combat Command da Força Aérea dos EUA (USAF), durante todo o tempo em que esteve no ar, além de sua missão principal, de ataque, o F-22 foi redirecionado 5 vezes para novos objetivos.
O Raptor voou missões reconhecimento, monitorando o deslocamento dos jihadistas em terra, foi usado como posto de comando, tendo redirecionado outras aeronaves e redesignado alvos, transmitiu para as demais aeronaves da frota as informações coletadas durante o voo, e escoltou outras aeronaves em suas sortidas de ataque.
Durante todo a missão, o F-22 foi reabastecido sete vezes. “É incrível o que o avião pode fazer”, disse Carlisle.
Ainda segundo Carlisle, desde agosto, as forças da coalizão (CJTF–OIR) realizaram cerca de 4.200 sortidas de ataque, onde foram empregados cerca de 14.000 armamentos. Cerca de 13.000 combatentes inimigos foram mortos, e cerca de 25% do território foi retomado. Mesmo diante desse cenário otimista, o EI tem conseguido conquistar alguns territórios importantes, como por exemplo a cidade iraquiana de Ramadi, além de manter ativo um forte esquema de recrutamento local e internacional.
Carlisle acredita que sejam necessários até sete anos para por um fim às hostilidades na região. O poderio aéreo empregado nesse conflito tem feito toda a diferença, e tem dado resultado, ainda assim, questões mais amplas, que envolvem os governos do Iraque e da Síria, associadas a questões regionais, tem dificultado a situação.
Em Washington, tem crescido o número de pessoas que defende a tese de que é necessário um maior envolvimento dos EUA nesse conflito, com o envio de tropas. Carlisle defende que seja realizada uma ampla discussão sobre o assunto.
“É necessário protegê-los e apoiá-los”, disse Carlisle. Mas a grande questão é o que vem depois. No momento que nossas tropas estiverem lá e ocuparem os territórios, teremos que mantê-los [os territórios]. Será que estamos prontos para isso?”
As forças da CJTF–OIR conseguiram melhorar sua capacidade de realizar ataques de precisão, respeitando as regras de engajamento, realizando muitos ataques noturnos. A visibilidade na região, entretanto, é muito baixa, no início, o índice de erros chegava a 50%.
“Um dos maiores desafios é conseguir identificar quem é quem. É muito difícil distinguir entre os jihadistas do EI e os habitantes da região tentando defender seu território. Creio que temos realizado um trabalho incrível”, concluiu Carlisle.
FONTE: Air Force Times – EDIÇÃO: Cavok
IMAGENS: Meramente ilustrativas
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