Segundo o vice-primeiro-ministro da Federação Russa, Dmitry Rogozin, que também é o responsável pelo setor industrial militar daquele país, “o mais difícil diz respeito a geradores a gás e motores para uma série de navios, helicópteros e aviões”. Parceria com a China é fundamental para que os obstáculos sejam superados.
Numa tentativa de resgatar autonomia existente nos tempos soviéticos, Dmitry Rogozin assegurou ao presidente Putin que o seu país pretende concluir a substituição dos componentes atualmente importados da Ucrânia, União Europeia, e OTAN, e destinados ao Complexo Militar-Industrial (CMI) da Rússia.
Entre as garantias, Dmitry Rogozin afirmou que o seu país será capaz de desenvolver motores nacionais para a aeronave comercial Sukhoi SuperJet 100, o helicóptero Mi-26, e para futuro jato de passageiros MS-21, tendo destacado que o propulsor a ser empregado no caça de 5ª geração Sukhoi T-50 PAF-FA (Prospective Airborne Complex of Frontline Aviation) encontra-se em processo de desenvolvimento. Também foi citado o desenvolvimento, em parceria com os chineses, de um helicóptero de transporte pesado, com capacidade de carga de quinze toneladas.
No segmento das turbinas aeronáuticas, parte da solução indicada por Rogozin envolve a adaptação de propulsores militares já em uso (e desenvolvidos na era soviética) para o uso em aviões de transporte, como já ocorre com o motor NK-32, empregado no Tu-160, cuja variante deve ser empregada na nova aeronave de fuselagem larga (Wide-body) que está sendo desenvolvida em parceria com a China.
Questionado a respeito dos prazos para implementação das medidas indicadas, Rogozin afirmou que “o prazo limite para a substituição de peças vindas da Ucrânia é 2018. O mais difícil diz respeito a geradores a gás e motores para uma série de navios, helicópteros e aviões. No entanto, todas as decisões necessárias já foram tomadas. Quanto aos países da OTAN e da UE, as últimas substituições serão realizadas em 2021. Mas, em geral, 90% serão concluídos em 2018″, completou.
Ainda segundo o vice-chefe de governo da Rússia, os planos e prazos de substituição das importações de equipamentos militares da Ucrânia dizem respeito a 186 armamentos e equipamentos especiais, tratando-se de milhares de componentes diversos.
“O problema é o seguinte: quando o assunto é Ucrânia, e eu já falei sobre isso, não se trata de produtos muito modernos. É uma produção que, por comodidade da nossa indústria, vinha sendo importada de forma rotineira da Ucrânia. Portanto não teremos substituição de velharias, mas, simplesmente, no lugar daquelas tecnologias ultrapassadas, empregaremos novas tecnologias, que já estarão implementadas no âmbito dos planos de substituição das importações”, declarou Rogozin.
Junto a isso, nas palavras de Rogozin, a Rússia também precisa substituir cerca de 800 armamentos e equipamentos militares ligados aos países da OTAN e União Europeia, que juntos somam milhares de componentes.
EDIÇÃO: Cavok
IMAGENS: Meramente ilustrativas
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