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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Mais de 6 mil fazendeiros protestam no “bairro europeu” de Bruxelas

Policiais belgas durante os protestos dos produtores agrícolas na praça em frente do edifício do Conselho da União Europeia, Bruxelas, Bélgica, 7 de setembro de 2015Segundo a mídia, participantes de protestos no centro da capital belga atiraram ovos e sinalizadores contra a polícia. Para além disso, incendiaram fardos de palha ao lado dos destacamentos de guarda-fronteiras instalados perto do edifício do Conselho da União Europeia.

Mais de 6 mil fazendeiros europeus, principalmente da Bélgica e França, inclusive, segundo a polícia, de cerca de 4,8 mil pessoas a pé e 1.455 motoristas de tratores, participam dos protestos no "bairro europeu" de Bruxelas, exigindo que os órgãos da UE e as autoridades nacionais apoiem as fazendas, que estão à beira de falência.

De acordo com a radioemissora Contact, os participantes dos protestos, que já levaram a um grande número de engarrafamentos nas ruas de Bruxelas, cobriram policiais com ovos e sinalizadores. Foi iniciada uma reunião extraordinária dos ministros da agricultura dos 28 países membros da UE para debater a situação crítica nos setores de laticínios e pecuária.

Não há informações sobre detenções de manifestantes.

A abolição das quotas de produção de leite desde 1 de abril e o embargo russo levaram à superprodução de leite e à queda dos preços de compra oficiais de 37 cêntimos por litro em 2014 para 25-28 cêntimos em 2015. Este preço não cobre as despesas de produção dos fazendeiros, entre os quais os casos de falência nos últimos tempos se tornaram mais frequentes. Na opinião dos sindicatos dos produtores de leite, o preço preferencial que poderia protegê-los da bancarrota deve rondar os 37-40 cêntimos.

A crise de superprodução afetou significativamente os produtores de carne suína, que sofreram mais do que os outros em resultado da proibição das exportações para a Rússia.

Em agosto de 2014 a Rússia limitou as importações de produtos alimentares dos países que introduziram sanções contra Moscou, incluindo os da UE. Em junho de 2015, em resposta ao prolongamento das sanções, a Rússia prolongou o embargo alimentar por mais um ano, até 5 de agosto de 2016.

Segundo o sindicato de granjeiros e funcionários das cooperativas agrárias Copa-Cogeca, em resultado do embargo alimentar os produtores agrícolas dos países da UE perderam 5,5 bilhões de euros.

http://br.sputniknews.com/mundo/20150907/2057481.html#ixzz3l75GjQpM

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