O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e outros seis ex e atuais ministros poderão ser detidos se entrarem na Espanha, depois de o Tribunal espanhol ter ordenado um mandado de detenção. A decisão judicial foi motivada pelas ações israelense durante os ataques à Flotilha da Liberdade em 2010.
O juiz espanhol do Tribunal Nacional Jose de la Mata ordenou à polícia e à guarda civil informá-lo se Netanyahu ou seis outros altos funcionários entrarem no país, uma vez que o Tribunal pode abrir um processo contra eles.
Junto com Netanyahu, as outras seis pessoas são: o ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, o ex-ministro da Defesa Ehud Barak, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Moshe Yaalon, o ex-ministro do Interior Eli Yishai, o ministro sem pasta Benny Begin e o vice-almirante Maron Eliezer, que era responsável na altura pela operação das Forças de Defesa israelenses.
O caso, que fora congelado pelo juiz espanhol no ano passado, foi iniciado contra os responsáveis israelenses na sequência do ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) contra a chamada Flotilha da Liberdade em 2010.
Ele refere-se especificamente ao principal navio civil, o Mavi Marmara, parte da frota de seis navios que tentou romper o bloqueio israelense de Gaza para entregar ajuda humanitária.
Quando o navio se aproximou da costa de Gaza, os militares da IDF assaltaram o navio em um ataque que deixou 10 ativistas mortos.
A comunidade internacional acusou Israel da violação do direito internacional por causa das ações do IDF durante o incidente. A recente decisão do tribunal espanhol significa que Netanyahu, junto com os outros seis altos funcionários israelenses, podem ser acusados.
No entanto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Emmanuel Nachshon, disse ao Jerusalém Post que Israel reuniu todos os esforços diplomáticos para anular a decisão do tribunal espanhol.
“Nós consideramos isto uma provocação. Estamos trabalhando com as autoridades espanholas para que o processo seja cancelado. Nós esperamos que vá logo acabar”.
Sputnik
Naval Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário