O analista político baseado em Nova York Nikolay Pakhomov escreveu para The National Interest que a campanha de contraterrorismo da Rússia na Síria ainda não acabou, mas já mostrou que Moscou tem tudo o que é necessário para conduzir uma guerra moderna.
“A Rússia está realizando um tipo de campanha recentemente visto sendo executada apenas pelos EUA ou sob a liderança norte-americana. Ataques aéreos a partir de uma base estrangeira, mísseis de cruzeiro, diferentes tipos de reconhecimento de espaço e eletrônico, não há unidades de força por terra envolvidas, drones, coordenação estreita entre Marinha e Aeronáutica, cooperação com forças armadas estrangeiras: todo isto é sinal de uma operação típica de guerra moderna”, observou o especialista.
Pakhomov ainda destacou que a campanha da Rússia na Síria é transparente, com volumes de informação sobre o número de saídas, área de operação etc. disponíveis a cada dia. A operação aérea bem-sucedida contra o Estado Islâmico também demonstrou, segundo ele, que Moscou é, em primeiro lugar, um aliado leal que não tem medo de tomar decisões corajosas em tempos difíceis.
“A Síria é considerada como um aliado da Rússia no Oriente Médio: o presidente (Bashar) Assad pediu ajuda a Moscou e a Rússia permaneceu com seu aliado em circunstâncias muito difíceis”, observou ele.
Ao mesmo tempo, a Rússia tem trabalhado incansavelmente para conseguir o apoio dos principais interessados na região. Segundo destacou Pakhomov, Moscou manteve-se em contato com Iraque, Egito, Turquia, Arábia Saudita, Israel e todos aqueles que manifestaram desejo na luta contra o Estado islâmico e similares, independentemente da forma como estes países visualizam os esforços russos.
Esta iniciativa, de acordo com o analista, tem reforçado significativamente o perfil estratégico da Rússia no Oriente Médio. Além disso, a campanha na Síria mostra claramente que Moscou não tem medo de agir quando é necessária uma ação, avalia o especialista. O tempo dirá se a ousadia compensa, mas é uma qualidade bem-vinda “nos tempos atuais de escrutínio público global, de sobrecarga de informação e da procrastinação política universal”, como descreveu.
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