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domingo, 10 de abril de 2016

Sob pressão política, premiê da Ucrânia renuncia

Primeiro-ministro da Ucrânica, Arseny Yatseniuk, fala à imprensa em Bruxelas, na Bélgica, em março.
Primeiro-ministro da Ucrânica, Arseny Yatseniuk, fala à imprensa em Bruxelas, na Bélgica, em março.

Há meses sob pressão política e popularidade em baixa, primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk deixa o governo. Críticos o acusam de não fazer o suficiente contra a corrupção e de relutar ao implementar reformas.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, anunciou sua renúncia neste domingo (10/04), em um discurso transmitido pela televisão, menos de dois meses depois de ter sobrevivido a uma moção de desconfiança no Parlamento.


Yatsenyuk encabeçava o governo ucraniano desde o início de 2014, quando uma revolta popular obrigou o presidente Viktor Yanukovich a fugir do país. Nos últimos meses, a relação entre Yatsenyuk e o presidente Petro Poroshenko havia se deteriorado.

O primeiro-ministro estava há meses sob pressão. Críticos o acusam de não fazer o suficiente

contra a corrupção e de relutar em implementar reformas. Em meados de fevereiro o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu para que Yatsenyuk renunciasse.

No entanto, fracassaram uma moção de desconfiança no Parlamento, assim como uma tentativa, no início de março, de formar um governo de especialistas. A popularidade de Yatsenyuk caiu para abaixo de 1%, segundo as últimas pesquisas de opinião. Diversos partidos abandonaram seu governo de coalizão.

A luta interna na coalizão e os escândalos de corrupção dificultam a implementação das reformas necessárias reivindicadas pelo Ocidente e as negociações relativas a novos empréstimos bilionários do Fundo Monetário Internacional (FMI). A população sofre com o aumento dos custos de energia e com a inflação, que faz subir os preços dos bens importados.

Aparentemente, os partidos pró-Ocidente chegaram a um acordo para que o presidente do Parlamento, Vladimir Groisman, assuma a chefia do governo.

O Parlamento em Kiev deve decidir na terça-feira se aceita a renúncia, afirmou o porta-voz do premiê.

MD/dpa/lusa/rtr

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