A assessora do presidente americano Barack Obama para questões de segurança nacional, Susan Rice, declarou neste domingo (15) que os EUA não irão apresentar pedido de desculpas ao Japão pelo ataque nuclear à cidade de Hiroshima em 1945.
Obama tem visita marcada a Hiroshima no âmbito da sua viagem ao Japão para participar da reunião de cúpula dos países do G7, nos dias 26 e 27 de maio.
“Os japoneses não pediram para que nós nos pronunciássemos a respeito a dessa decisão, ou que nos desculpássemos por isso [ataque nuclear]. De qualquer forma nos não pediríamos desculpas” – disse Rice em entrevista à CNN.
Junto a isso Rice destacou que a visita de Obama a Hiroshima é uma decisão sábia. Obama, segundo ela, se tornará o primeiro presidente a visitar Hiroshima no exercício de seu mandato.
O porta-voz da Casa Branco Josh Earnest declarou anteriormente que Obama não pretende fazer qualquer tipo de discurso oficial durante sua visita a Hiroshima.
Vale lembrar que os EUA realizaram um total de dois ataques nucleares ao Japão no âmbito da Segunda Guerra Mundial, sendo até hoje os únicos realizados na história. O primeiro aconteceu em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e o segundo em Nagasaki, em 9 de agosto daquele ano.
Apesar de ter provocado a morte indiscriminada de centenas de milhares de pessoas inocentes, os EUA jamais apresentaram ao Japão desculpas oficiais pelo ocorrido. O assunto continua gerando tensão nas relações bilaterais entre os dois países. Mais do que isso, pesquisas recentes de opinião pública mostram que a maioria dos americanos (56%) considera como justificados os ataques nucleares sobre as cidades japonesas.
A justificação por parte dos EUA é de que as bombas eram necessárias para evitar a morte de milhares de soldados americanos, no caso de uma invasão das ilhas japonesas.
Muitos historiadores, no enanto, garantem que o uso das bombas nucleares não passou de uma demonstraçãode força por parte dos EUA, sendo uma espécie de prenúncio para a futura ordem mundial, já que negociações de paz entre Japão e o Vaticano haviam sido iniciadas antes de as explosões ocorrerem.
Sputnik
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