Governadora macrista de Buenos Aires propõe “destruir o Estado e flexibilizar as relações trabalhistas”

Para quem ainda duvidava que a região sulamericana está sob ataque da estrutura mafiosa financeira internacional, aí está a prova de que a plano é o mesmo para todos os países. A agenda aplicada por Macri na Argentina é que a Temer tenta aplicar no Brasil através do golpe de estado institucional. Os donos do poder global estão com pressa para que as nações privatizem o Estado, entreguem os seus recursos, percam sua soberaria e sejam absorvidas pelo Governo Mundial. O que está abaixo é exatamente o que a FIESP e Temer vão implantar no Brasil.

Tradução: Caminho Alternativo

(16-05-2016) Assim o informou o secretário adjunto da ATE província de Buenos Aires, Carlos Díaz, quem ademais denunciou que através da Lei emergência Administrativa e Tecnológica, que têm meia sanção do Senado, o Governo propõe contratar empregados “sem direitos trabalhistas e sociais”.

Segundo assinalou o gremialista à SN Online, a governadora María Eugenia Vidal, com o projeto de Lei de emergência Administrativa e Tecnológica, “tenta destruir o Estado e flexibilizar as relações trabalhistas na província de Buenos Aries”.

O projeto cria a figura de “contratos autônomos” que dariam fim a “estabilidade do emprego estatal, o direito a gozar de férias e a possibilidade de ter licença por doença”, entre outras coisas, argumentou Díaz.

Para os sindicalistas, a norma debilita o Estado, e promove voltar a relações trabalhistas pré-diluvianas: “Não se reconhece nenhum tipo de direito ao trabalhador” e se acaba “com os controles dos organismos constitucionais como a Fiscalização do Estado, e se fomenta a quebra do Patronato de Liberados” denuncia Díaz.

Em tal sentido, segundo o representante da ATE, as autoridades da Província tentam impôr um modelo “que deixa o Estado, a disposição dos negócios, ao serviço dos grupos econômicos, dos setores empresariais mais concentrados, e não, como deveria ser, ao serviço das maiorias populares”.

Apesar da multitudinaria mobilização realizada ontem em recusa da proposta, os promotores da Lei, que conta já com meia sanção da Câmara de Senadores, conseguiram, através de uma manobra legislativa, evitar sua passagem pelas comissões, ficando o projeto habilitado para ser tratado na próxima quinta-feira na Câmara de Deputados.

A manobra gerou o repúdio de organizações sociais e sindicais, que a estas horas, se encontram reunidas na cidade de La Plata, organizando para a próxima quinta-feira, dia em que se reúnem os deputados em sessão ordinária, uma mobilização à praça de Governo, e no caso da ATE, uma greve de 48 horas que será realizada nos dias 18 e 19 de maio.

Mesmo assim, o dirigente gremial assinalou que se poderá contratar empresas livremente, sem passar pelos mecanismos que estão contemplados pela Lei vigente, “não será necessário por exemplo, que uma empresa esteja inscrita no registro de provedores do Estado, portanto, podem contratar amigos e também não se distinguiria aqueles que tenham atentado mediante fraudes contra o Estado”.

Por último, alertou que a norma seria o marco do decreto 230, promulgado por Vidal, que habilita aos ministros a nomear pessoal ou a demitir trabalhadores em forma arbitrária, e “até regular o valor da hora extra, que deveria ser fruto da discussão paritária”, concluiu.

Fonte: diarionco.net

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