Provocações da Marinha dos EUA significam 'falta de cortesia marítima'
A Marinha dos EUA, nomeadamente o contratorpedeiro de mísseis guiados USS Gravely, chegou perigosamente perto do navio de patrulha russo Yaroslav Mudry, no que foi claramente uma "provocação deliberada" e que significa uma "falta de cortesia marítima", disse o capitão-de-mar-e-guerra russo Mikhail Lukanin à Rádio Sputnik.
"Incidentes semelhantes têm sido frequentes durante a Guerra Fria, depois tudo esteve aparentemente calmo por algum tempo e agora eles estão voltando", observou ele. "Os Estados Unidos seguem uma política de ‘luta contra a Rússia’ em todas as esferas. Acho que este incidente foi uma provocação evidente e teve como fim enervar os nossos marinheiros".
O incidente envolveu o contratorpedeiro de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, que fez uma passagem próxima e rápida junto ao navio russo em águas internacionais na parte oriental do Mar Mediterrâneo no dia 17 de junho. O Ministério da Defesa russo descreveu isto como uma "violação grave" de acordos bilaterais e internacionais.
Lukanin mencionou que o contratorpedeiro da Marinha dos EUA violou as regras escritas e não escritas do código marítimo.
Lukanin apontou o fato de os navios serem incapazes de mudar o rumo facilmente devido à inércia. Por isso, o regulamento para evitar abalroamentos deve ser cumprido em primeiro lugar. "Neste caso, esse regulamento foi gravemente violado", disse ele.
Konstantin Sivkov, presidente da Academia dos Problemas Geopolíticos, descreveu as ações do contratorpedeiro da Marinha dos EUA como um "passo típico" para criar uma "atmosfera de tensão" ameaçando de uma colisão.
O Pentágono aumentou drasticamente sua presença militar na região no início deste mês. O USS Gravely faz parte de um grupo operacional de contratorpedeiros liderados pelo porta-aviões USS Harry S. Truman, que foi enviado para a região para participar na campanha contra o Daesh por Washington. Além deles, o USS Dwight D. Eisenhower também foi enviado para o Mediterrâneo para participar nas operações contra o grupo terrorista.
sputniknews
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