A Força Aérea Argentina não terá aviões de combate após 2018, pois os três caças A-4AR FightingHawk que permanecem operacionais serão desativados, de acordo com fontes do Ministério da Defesa argentino. No final de 2015, a administração cessante de Cristina Fernandez testemunhou o desmantelamento definitivo das poucas unidades operacionais do Mirage III de procedência francesa.
Com esta situação, o governo de Mauricio Macri está considerando opções, que incluem novos aviões italianos e até mesmo um esquadrão de Mirage F1 usados da França a serem fornecidos em condições muito generosas por Paris.
Um dos aviões cogitados é o Aermacchi M-346 Master da Itália, mas é considerado muito caro: US$ 30 milhões cada, mais um programa completamente novo de treinamento e ferramental.
No mês passado, foi anunciado que a Argentina iria comprar 24 aviões de treinamento 24 T-6C Texas do fabricante americano Beechcraft, mas que poderiam ser usados para o controle das fronteiras e na luta contra o tráfico de drogas. Os aviões foram oferecidos pelo presidente Obama quando ele visitou a Argentina em março passado, e a operação supostamente envolve US$ 240 milhões.
No entanto, em ambos os casos as fontes da Força Aérea Argentina mencionam o fato de o T-6C Texan não ser muito mais avançado em comparação com o Pucará de fabricação argentina, e similarmente o Aermacchi M-346 em comparação com o IA-63 Pampa III, da fábrica de Córdoba.
Com efeito, as fontes da Força Aérea acreditam que a compra de tal aeronave iria condenar a Fábrica Argentina de Aviões (FAdeA), em Córdoba, que foi reaberta com grandes expectativas, mas poucos resultados, pela administração Cristina Fernandez, e que Macri aparentemente prometeu relançamento.
A disputa permitiu o ressurgimento de uma proposta da França para fornecer um esquadrão de caças Mirage F1, a um custo unitário de US$ 23 milhões, mas totalmente equipado e cinco anos de apoio logístico. Além da capacidade de combate comprovada dessas aeronaves, os pilotos argentinos e infraestruturas de apoio foram usados pelas aeronaves francesas que chegaram pela primeira vez no país no início dos anos setenta, e desempenharam um papel importante no conflito do Atlântico Sul. Além disso, os Mirage III desmantelados poderiam fornecer algumas peças de reposição e mais mecânicos treinados e pessoal de terra.
O presidente francês François Hollande também visitou seu par argentino no início deste ano e eles se encontraram novamente em Paris, e, aparentemente, apesar origens políticas diferentes, a química é boa, então fontes da Defesa em Buenos Aires anteciparam que poderia haver alguns anúncios ainda este ano, depois que os dois líderes novamente compartilhem tempo na cúpula do G20 na China.
FONTE: Mercosur
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