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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

O ataque ao quartel indiano na Caxemira: Moscou cancela o exercício militar do fim do mês com o Paquistão; reações de China e França também soam desfavoráveis a Islamabad

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Imagens liberadas pelo Exército indiano das honras militares prestadas na tarde desta segunda-feira às vítimas fatais de Uri
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Por Roberto Lopes

A rede de televisão indiana CNN-News 18 – uma afiliada da CNN International, dos Estados Unidos – noticiou, na noite desta segunda-feira (19.09), que o governo do presidente russo Vladimir Putin cancelou o exercício militar russo-paquistanês Druzhba-2016, previsto para acontecer no período de 24 de setembro a 7 de outubro na região montanhosa de Ratu e Cherat, sede do Comando de Forças Especiais do Exército do Paquistão.


O cancelamento é uma aparente resposta da Rússia às fortes suspeitas de que o governo de Islamabad apoiou o ataque terrorista da madrugada do domingo (18.09) ao quartel indiano da localidade de Uri, na parte ocidental da Caxemira, um território controlado pelo governo de Nova Déli mas reivindicado pelos paquistaneses.

O atentado, feito por quatro milicianos estrangeiros que foram eliminados na ação, deixou 17 militares indianos mortos imediatamente, e uma 18ª vítima fatal que, internada em um hospital de Nova Déli, não resistiu aos ferimentos. Além desses, mais 18 indianos resultaram feridos.
Uri: The Army Brigade camp which was attacked by militants in Uri, Jammu and Kashmir on Sunday. PTI Photo by S Irfan(PTI9_18_2016_000191B)
Imagem do quartel indiano atacado em Uri, na Caxemira; a região em que houve o confronto está, agora, fortemente patrulhada
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E a decisão da Administração Putin pode não ser a única consequência desfavorável para o governo do Primeiro-Ministro paquistanês Nawaz Sharif no plano militar.

Islamabad agora teme que o sangrento episódio na Caxemira afaste os militares estrangeiros que já haviam confirmado presença na 9ª edição da mostra de armamentos International Defence Exhibition and Seminar (IDEAS 2016), prevista para acontecer entre os dias 22 e 25 de novembro na cidade de Karachi. O Ministério da Defesa do Brasil foi formalmente convidado a se fazer representar no evento.

Reações – De acordo com informações ainda extraoficiais, os fuzis-metralhadora AK-47 dos atacantes dispunham de dispositivos para o lançamento de granadas. Tanto no armamento como em suprimentos encontrados junto aos corpos desses terroristas haveria marcas do Exército paquistanês.

Em uma atitude inusitada, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China – país aliado do Paquistão – pediu “conversações diretas” entre Nova Déli e Islamabad, de forma a que possa haver uma redução das tensões.

O governo do Presidente francês François Hollande – que precisou lidar com diversos atentados terroristas nos últimos meses – foi mais duro: disse que o terror precisa encontrar uma resposta firme, seja onde for.

O Primeiro-Ministro Nawaz Sharif declarou, nesta terça-feira (20.09), que as Nações Unidas precisam se interessar com firmeza pelo contencioso da Caxemira.

A Missão Permanente da Índia na ONU prometeu divulgar uma nota oficial tão logo Sharif discurse na Assembleia-Geral das Nações Unidas, esta semana.

Plano Brasil

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