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domingo, 9 de setembro de 2018

Ancara: presença militar turca em Idlib impede possível ataque à província

A presença de militares turcos na província síria de Idlib garante que nenhuma operação militar começará ali, segundo Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Tanques turcos perto da fronteira com a Síria, Turquia (foto de arquivo)


"A presença dos soldados turcos naquela região é, talvez, a única garantia de que aí não comece uma operação militar, já que a Força Aeroespacial russa e as forças do governo [do presidente sírio Bashar al-Assad] não vão efetuar qualquer ofensiva enquanto os militares turcos estiverem presentes", assegurou Kalin em um artigo publicado na revista Daily Sabah.


De acordo com ele, "qualquer ataque a Idlib sob pretexto de eliminar grupos terroristas prejudicaria o processo de negociações da Astana" para a paz na Síria.
"Idlib é uma mina de ação retardada, qualquer ataque a esta província síria não trará senão morte e destruições, o que provocaria uma nova onda de migração para a Turquia e para a Europa", assinalou o porta-voz do presidente turco.
O governo sírio declarou em julho que se reserva o direito de usar a força militar para recuperar a província de Idlib se os grupos armados que a controlam desde 2015 rejeitarem os termos de paz de Damasco.
No âmbito dos acordos com Damasco, combatentes que se recusaram a se render às forças do governo em Aleppo, Homs e Ghouta Oriental foram gradualmente se movendo para Idlib, que desde 2017 faz parte de uma zona de desescalada patrocinada pela Turquia.
No final de agosto, o Ministério da Defesa russo informou que os terroristas da Frente al-Nusra (proibida na Rússia e em vários outros países) estariam preparando uma provocação na província de Idlib com armas químicas contra civis a fim de acusar Damasco e dar um pretexto para a coalizão liderada pelos EUA atacar a Síria.
Desde 2011, a Síria tem sido palco de um grave conflito armado no qual as tropas do governo se confrontam com grupos armados de oposição e organizações terroristas.
A resolução do conflito está sendo procurada em duas plataformas: em Genebra, sob os auspícios da ONU, e na capital de Cazaquistão, Astana, copatrocinada pela Rússia, Turquia e Irã.

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