Atualmente, as autoridades do Mali e Burkina Faso mobilizaram aeronaves de sua força aérea no Níger para proteger o país vizinho. A informação é do canal de TV nigeriano RTN.
Segundo o canal de TV, esta decisão foi tomada para proteger o Níger no caso de uma intervenção armada dos países da CEDEAO. Recorde-se que a Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), cujos participantes mais ativos são a Nigéria e o Senegal, por sugestão da França, vai lançar uma operação armada num futuro próximo contra as novas autoridades do Níger, que vieram ao poder como resultado de um golpe militar antiocidental em 27 de julho de 2023.
Mali e Burkina Faso já expressaram seu apoio ao novo regime do Níger e prometeram que qualquer agressão contra o Níger será vista como um ataque a eles próprios. Além disso, um ator regional muito mais poderoso, a Argélia, que tem uma fronteira comum com o Níger, se manifestou contra a intervenção armada no Níger.
O envio pelo Mali e Burkina Faso da aviação ao Níger é um passo importante para demonstrar a solidariedade desses estados com o novo governo do Níger. Mas devemos entender que o poder das forças aéreas de Mali e Burkina Faso é pequeno.
De acordo com dados publicados na mídia, a Força Aérea do Mali está armada com 6 aeronaves de ataque Su-25 e 19 aeronaves L-39 Albatros de fabricação tcheca. Além disso, Mali tem 8 helicópteros Mi-8, 6 helicópteros Mi-24, 4 helicópteros Mi-17, 6 helicópteros Mi-35.
A Força Aérea de Burkina Faso, em 2022, estava armada com 1 aeronave de reconhecimento DA-42M, 9 aeronaves de transporte, 5 aeronaves de treinamento, 2 helicópteros de combate Mi-35, 2 helicópteros Mi-171, 1 helicóptero Mi-8 e 1AW139.
É claro que a Força Aérea da Nigéria, principal participante na intervenção proposta no Níger, tem capacidades muito maiores, tendo mais caças e helicópteros de combate em serviço. E isso sem levar em conta o provável apoio da operação da CEDEAO pela aviação francesa.
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