As seis nações que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo protestaram na segunda-feira contra o que elas alegam ser "sinais contraditórios" enviados por Teerã após a assinatura do acordo sobre o programa nuclear iraniano na última semana.
Em nome do grupo formado por Omã, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar e Kuwait, o bareinita Abdellatif Zayani, secretário-geral da organização, disse que o presidente iraniano, Hassan Rouhani, ofereceu uma oportunidade para virar a página com os seus vizinhos, mas, ao mesmo tempo, o Líder Supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, se comprometeu a manter o apoio a grupos xiitas de oposição em outros países.
Segundo Zayani, mensagens como essas produzem sinais contraditórios e, além disso, os comentários do aiatolá representam uma interferência inaceitável nos assuntos dos Estados árabes.
A irritação das autoridades do Conselho tem como fonte o discurso proferido por Ali Khamenei no último sábado, no qual ele declarou que o acordo entre Teerã e as potências do P5+1 não iria alterar o apoio iraniano aos governos de Síria e Iraque nem aos povos oprimidos no Iêmen, no Bahrein e na Palestina.
Essas declarações "são contrárias aos princípios da boa vizinhança", afirmou Zayani, acrescentando que as monarquias do Golfo continuarão defendendo os seus interesses na região.
EFE \ Naval Brasil
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