Fontes de inteligência confiáveis no ocidente já indicaram que receberam sinais de alerta de que o governo russo, em futuro próximo, divulgará o texto de mensagens de e-mail do correio pessoal da candidata presidencial às eleições dos EUA, Hillary Clinton, do tempo em que foi secretária de Estado. A divulgação, segundo indicam os alertas, provam que a secretária Clinton efetivamente expôs segredos dos EUA à interceptação por agentes e interesses estrangeiros, ao pôr informes altamente sigilosos do governo num servidor privado – o que caracteriza violação da lei norte-americana; e que, como se suspeitava e agora se confirma, o servidor foi atacado e hackeado por serviços de inteligência de outros países.
Notícias recentes indicam que a decisão de divulgar o material interceptado seria tomada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, e que possivelmente a divulgação fosse feita por terceiros (Wikileaks, por exemplo). A mensagem vinda de Moscou, pela comunidade de inteligência, parecia indicar frustração com a lentidão da investigação pelo Departamento de Justiça dos EUA, do chamado "escândalo do servidor", lentidão que parece poder ser tomada como evidência prima facie de que a lei norte-americana foi violada, no caso da secretária Clinton ter usado servidor privado para conduzir comunicações oficiais e várias vezes altamente secretas durante o período em que foi secretária de Estado. Fontes norte-americanas indicam que a investigação conduzida pelo Departamento de Justiça focou-se mais na possibilidade de o servidor privado ter sido usado para encobrir mensagens nas quais a secretária Clinton teria discutido os 'negócios'quid pro quo com doadores privados da Fundação Clinton, em troca de influência na política dos EUA.
A evidência de que os russos estão de posse do material interceptado, contudo, visa também a mostrar que, além de violar a lei norte-americana que rege o modo de tratar documentos sigilosos (em relação à qual a secretária Clinton teria errado tão gravemente quanto o diretor da CIA David Petraeus ou o conselheiro de segurança nacional de Clinton Sandy Berger), os documentos interceptados incluem material altamente sigiloso, cujos cabeçalhos de classificação como tal foram removidos. Fontes russas (e outras) já mostraram frustração com o ritmo da investigação no Departamento de Justiça, e com o empenho em renegar os aspectos de segurança nacional envolvidos no manuseio de material relevante para a inteligência. A lerdeza na investigação parece significar que o governo de Barack Obama decidiu não avançar nas investigações, de modo a que não influenciem as eleições presidenciais em curso, para as quais o presidente Obama apoia a Sra. Clinton.
A discreta sinalização de Moscou, sobre possível vazamento daquelas mensagens, em momento em que ainda podem impactar as eleições norte-americanas foi concebida para pressionar os EUA para que acelerem a ação legal sobre o assunto, mas certamente teve muito a ver com preocupações russas sobre a possível política estratégica dos EUA no caso de Hillary Clinton chegar à presidência.
Além da infração a lei federal norte-americana no manuseio de material sigiloso, o servidor privado da Clinton sempre foi alvo primário conhecido, segundo analistas da GIS/Defense & Foreign Affairs, de ciberataques por agentes estrangeiros na guerra de operações de interceptação, especialmente por agentes da República Popular da China (RPC), da Rússia e da República Popular Democrática da Coreia, RPDC ("Coreia do Norte"), mas muito provavelmente também por outros agentes, dentre os quais os iranianos.
OilPrice.com
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
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